sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Sem medo da vida...




Medo da morte, medo de morrer, pensamentos e sensações desconfortáveis que nos acompanham diariamente, e justificáveis, até certo ponto, numa época tão crítica e vulnerável como a que estamos vivendo. Tememos reações incontroláveis sob a ilusão de que possamos ter controle sobre algo. Vivemos com o desconhecido a cada instante. Porém, não tememos só o desconhecido. Tememos o sentir, o envolver-se completamente com as sensações. Somos criados e repetimos na orientação às nossas crianças, a nos conter, a nos reprimir, a não expressar nossa individualidade. Temos que nos adaptar ao que o outro irá julgar de nossos atos. Aprendemos que ser autênticos não é de "bom tom". E assim, tolhemos a nossa espontaneidade e a possibilidade de sentir e ser feliz. Quem nunca ouviu frases como "a felicidade não é deste mundo", ou "quem ri hoje, chora amanhã"? Quem não sente não vive. Quem teme a morte, na verdade, teme a vida. Quando nos fechamos ao sentir, algo em nós já está morto. A felicidade, a criatividade, a saúde e o equilibrio estão na espontaneidade de simplesmente ser. Supere o medo da vida, superando o medo de sentir. Experimente a liberdade de simplesmente seguir aquilo que faz sentido para você.

Elaine Cristina F. Barbosa - Psicóloga

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Esse meu jeito clariceano de ser...


"...Quando se realiza o viver, pergunta-se: mas era só isto? E a resposta é: não é só isto, é exatamente isto. Mas agora, através do meu mais difícil espanto, caminho em direção à destruição do que construí, caminho para a despersonalização. A despersonalização como a destituição do individual inútil - a perda de tudo o que se possa perder e, ainda assim, ser. Pouco a pouco tirar de si, com um esforço tão atento que não se sente a dor, tirar de si, como quem se livra da própria pele, as características. Tudo o que me caracteriza é apenas o modo como sou mais facilmente visível aos outros e como termino sendo superficialmente reconhecível por mim. A despersonalização como a grande objetivação de si mesmo. A maior exteriorização a que se chega..." (C.L., de A Paixão Segundo G.H)

terça-feira, 30 de setembro de 2008

O infinito do Ser...

"Às vezes o peso de nossa existência se torna tão profundamente profundo, intenso... que o que nos resta é apreciar a beleza do crepúsculo, sentir a brisa do mar, mergulhar na imensidão do horizonte..." (Rodrigo Castellucci)

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Reforma íntima


Nesta última semana estive meio repudiado, enojado, enjuriado! Em luto pela dignidade da pessoa humana, luto pela integridade física e mental dos cidadãos da República Federativa à qual vivemos. Todos devem ter ouvido comentários a respeito da garota que fora estuprada (em verdade, juridicamente falando, atentado violento ao pudor) na Universidade Federal da Bahia, universidade à qual eu pertenço como estudante. Fácil falar, dificil viver essa realidade de perto. Bem de perto. Às vezes há males que vem para o bem. Durante a semana houveram manifestações, assembleias, conselho universitáro reunido, e pude perceber uma maior união entre os próprios estudantes dos diversos cursos oferecidos pela universaidade. Eu, propriamente falando, me senti mais ativo, vivo, participando de tais atos. Refleti muito durante esse periodo, afinal, poderia ter sido qualquer um a vítima de tal atentado.

Hoje recebi o convite de formatura de uma grande amiga, que está se graduando em Direito, e nele tinha escrito: "Ser capaz de sentir indignação contra qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo é a qualidade mais linda de um revolucionário." Tal dito não poderia ser de outra pessoa, senão do maestral Che Guevara. Diariamente se sucedem mil e uma coisas... e muitas delas estão conectadas e mal nos damos conta. Mas às vezes tais conexões nos chamam atenção. É sempre bom constatar. Energia vital. Namastê!

"Eu não sou mais eu. Pelo menos não sou mais o mesmo por dentro." (Ernesto Che Guevara)


sábado, 9 de agosto de 2008

Viver


"Ele teve a sensação de ser. Não poderia explicar, tão profundo,nítido e largo que era. A sensação de ser era um visão aguda, calma e instantânea de se ser o próprio representante da vida e da morte. Então, ele não quis dormir, para não perder a sensção da vida..."


(Clarice Lispector)

quinta-feira, 22 de maio de 2008

O melhor jogo do ano!


Duas Bolas na Trave...
Diversas chances perdidas...
Uma escorregada na hora do penalti...

E lá se vai a chance do Chelsea abocanhar o título inédito, culminando na primeira temporada sem títulos desde a temporada 03/04.

O jogo foi épico. Com pressão inicial por parte do Manchester praticamente o primeiro tempo inteiro levando ao gol de cabeça de Cristiano Ronaldo, no qual Petr Cech só ficou olhando. Mas se redimiu nos instantes seguintes fazendo duas defesas milagrosas e impedindo que o Manchester selasse o jogo logo no primeiro tempo. No finalzinho Lampard contou com o oportunismo e deu um tapinha na bola pra tirar do goleiro e do zagueiro, deixando tudo igual para o segundo tempo.

Do segundo tempo em diante só deu Chelsea. Avram Grant fazendo um belíssimo trabalho conseguiu que o time mantivesse a estrutura tática até o finalzinho da prorrogação e ainda apertasse a marcação no segundo tempo, negando qualquer chance ofensiva do Man United que não partisse de um contra-ataque. Os dois times acabaram tendo chances de gol, com o Chelsea tendo bem mais que o Manchester, o mesmo valendo para a prorrogação, porém nenhum dos dois foi capaz de selar a vitória, já que Van der Sar contou com a trave mais de uma vez e o Chelsea contou com John Terry pra desviar um chute com a cabeça depois que Petr Cech já estava fora do lance, praticamente um gol.

Nos penais vimos um desempenho excepcional de ambas as partes, ressalvando Cristiano Ronaldo, que deu uma paradinha e telegrafou o chute para Petr pegar com facilidade. Duas bobeadas depois de John Terry e Anelka deram o título para o Manchester.

Melhor jogador em campo para mim? Ashley Cole
Não é a estrela do time mas é de vital importância tática. O cara marca o jogo inteiro, tem um preparo físico exemplar, rouba a bola sem falta e ainda dá apoio ao ataque.

Título mais do que merecido, se levarmos em conta a campanha invicta dos vermelhos.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Jogar o verde



Ah, a nossa velha arte de jogar o verde. Jogar o verde para colher maduro, ou em outras formas não tão nobres como jogar o barro pra ver se cola, atirar no escuro pra acertar o gato...

Essa nobre arte que para mim ficou catequizada como jogar o verde nada mais é do que a utilização de fatores de ambiente, ruídos na comunicação, a nossa centenária malandragem e uma semi-certeza inquisitiva com intuito corroborante da verdade (jogar o verde), para que posteriormente sejam alcançados ganhos importantes de uma natureza qualquer, o mais comum sendo o ganho de informações, principalmente mas não se restringindo a fofocas, muitíssimo aplicado no âmbito pessoal e o mais interessante sendo o ganho financeiro, igualmente aplicado no âmbito profissional (colher maduro).

Eu estou satisfeito com um verde jogado essa semana, que por infortúnios do destino só poderá ser colhido semana que vem. Fator este que me instigou a escrever o post no primeiro lugar, enquanto fico no aguardo.

Tá. Convenhamos que não é muito bonito nem muito profissional, mas com certeza é importante, faz parte da vida e eu garanto que você que está lendo já se beneficiou de um verde bem jogado.

Então que suas próximas colheitas sejam tão maduras quanto possível e:

Quem nunca jogou o verde que atire o primeiro limão!