
Apricós com mel... o doce e o fel...
O azedo... o âmago da alma...
O ser e o nada.
Toda a dialética (?!) como num binômio existencial...
Corpo e alma, Corpo e espírito, Corpo e mente, Corpo e psiquê...
O que seria do mundo sem arte ? E o que seria do mundo sem os apricós?
Stephen Hawking escreveu sobre "O universo numa casca de noz". Erasmo dicertou sobre a loucura; Homero comprazeu-se em escrever a guerra dos ratos e das rãs; Virgílio fez um poema sobre o mosquito, e Ovídeo fez um sobre a noz; Glauco louvou a injustiça; Sinésio, os carecas; Luciano, as moscas e os parasitas. Luciano e apuleio escreveram sobre o asno; e um autor de nome que desconheço fez o testamento de um porco. Não seria injusto, para os homens de letras, proibir-lhes divertimentos que se permitem a todas as condições? E por que não posso eu redigir sobre os apricós? Deveras sobre o ananás?
Pois eis que venho a escrever prozas e desvaneios, delirios pomposos e adjacentes de um leve copo de cognac e de um pequeno comprimido de Prozac. Para cada mal, o seu remédio. Para cada efeito-colateral, o seu antídoto.
Passas com caramelo?
Combinações inconformes. Ou conformes, para quem não vê.
Do fundo de mi'alma sinto o cheiro dos lindos campos de lírios formosos.
O oco e o opaco.
O concreto e o obstuso.
Morangos nos campos de centeio?
É a metafísica que rege o comportamento humano, sob a ótica do Direito.
Sim, a metafísica!
Os princípios.. a moral.. o ETHOS !!!
E o que seria do mundo por agora?
Ah meus caros... segundo Clarice, por enquanto, seriam tempos de morangos, SIM!
Mas eu vos digo:
Come ananás, mastiga perdiz. Teu dia está prestes, burguês!
Moral da história: quando quero confusão eu procuro-a, quando a inspiração quer, ela encontra-me!